Os altos rendimentos registrados no mercado de moedas eletrônicas têm atraído cada vez mais investidores no país e no mundo. Mas além de fatores externos como volatilidade e ameaças hackers, o sucesso nessa modalidade financeira pode também ser comprometido pela negligência com medidas de gestão de informações pessoais e de segurança digital, como o simples esquecimento de uma senha, por exemplo.
E por comprometimento, leia-se a perda total da carteira de ativos virtuais, não apenas uma questão de rentabilidade.
Tal risco existe pelo fato de que nesse universo, diferente do sistema tradicional, não há um agente custodiante ou poder centralizador. Em outras palavras, falta ainda regulação, o que faz do usuário o único responsável por seu investimento. A ele cabem, portanto, as tarefas de gerir e zelar por sua carteira.
Nesse sentido, é fundamental que o investidor em criptomoedas tenha sempre a segurança como prioridade. E a boa notícia é que as ações ou soluções para mitigar riscos de natureza cibernética são de fácil execução.
Abaixo, segue uma relação com cinco dicas essenciais:
- Uma primeira recomendação para quem já opera nesse mercado ou pretende se lançar nele é realizar backups digitais e físicos de dados como senhas ou chaves de acesso.
- Igualmente importante é escolher aplicações ou plataformas reconhecidas que ofereçam pelo menos duplo fator de verificação de identidade.
- Como as transações se dão única e exclusivamente no ambiente virtual, é determinante manter dispositivos devidamente configurados e com sistemas operacionais atualizados, além de um antivírus instalado e atualizado.
- A prevenção também deve contemplar os meios de comunicação, com a criação de senhas fortes e diferentes para cada canal; e.
- Por fim, fique sempre atento com links e outros arquivos suspeitos trocados por e-mails ou postagens. Afinal, as ameaças de malwares e arquivos maliciosos são cada vez mais sofisticadas e recorrentes.
Em síntese, o investidor necessita conhecer o funcionamento e as regras do “jogo” e manter sempre uma postura preventiva. Embora isso ainda não o proteja contra os riscos de volatilidade próprios dessa modalidade financeira, pelo menos reduz as chances de se tornar vítima da própria negligência.
Por Fernando Carbone